Dr. Jhony Aredes - Como a pandemia e o isolamento Social podem afetar as crianças


Dr. Jhony Aredes - Como a pandemia e o isolamento Social podem afetar as crianças

Assim como os adultos, as crianças precisaram se adaptar à pandemia. Escolas fechadas, aulas remotas, isolamento social. Tudo ficou diferente: sem abraços nos coleguinhas, sem brincadeiras na hora do intervalo. Ensinar e aprender de casa não têm sido fácil, mas aos poucos, pais, alunos e professores estão se adaptando.

IMPACTOS DA PANDEMIA

Segundo o pediatra, o isolamento pode prejudicar e muito as crianças. O convívio social é muito importante e pode causar danos que muitas vezes, afetam até a adolescência.

“A pandemia tem afetado as crianças de várias formas, percebo isso aqui no consultório. O grau de ansiedade tem aumentado, agressividade e depressão. Entre os cinco e dez anos de idade, a criança precisa dessa convivência, da troca de informações”.

O VÍRUS PODE PASSAR DESPERCEBIDO

Com relação ao contágio, é igual para adultos e crianças. A única diferença é que muitas crianças são assintomáticas. Se a criança está espirrando ou tossindo, a propagação do vírus será maior. “Vamos usar o exemplo de uma criança que tenha rinite. O nariz está entupido, está com secreção, a mãe pensa: está com a rinite atacada. Mas pode ser o vírus passando despercebido”.

DIAGNÓSTICO

Os sintomas principais são os mesmos: febre, tosse e dificuldade para respirar. Porém, as crianças podem não apresentar sintoma algum ou apresentar sintomas leves. Podem ficar com o nariz entupido ou escorrendo, ter dor de garganta e, até mesmo, ter sintomas gastrointestinais, como dor de barriga, diarreia e vômitos.

“Por isso a importância da avaliação médica. Não podemos achar que tudo é  covid-19, mas precisamos ficar atentos a pequenos sinais.”

COMO O VÍRUS REAGE NO ORGANISMO DAS CRIANÇAS

Diferentemente dos adultos, a maioria das crianças tem um quadro leve ou moderado. Existem algumas explicações para isso. Uma delas é de que as crianças possuem menos “portas de entrada” para o vírus em seu organismo. E a outra é que a resposta imunológica não é muito agressiva – diferente do que ocorre em alguns casos graves nos adultos. Nesse sentido, há um número menor de internações e necessidade de unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar de raro, algumas crianças podem ter a forma grave da doença, principalmente aquelas com:

Idade inferior a 12 meses;
Doenças pulmonares (como asma);
Problemas no coração;
Imunidade baixa.


SEQUELAS

Poucos casos de sequelas causadas pelo covid-19 foram registrados, a mais grave é a Síndrome inflamatória multissistêmica, que pode afetar o sistema vascular, neurológico e pulmonar. Porém, por se tratar de poucos pacientes apresentando esse quadro, não se pode afirmar que será uma sequela a longo prazo. Esses pacientes quando diagnosticados precocemente, tem uma boa recuperação.

VOLTA ÀS AULAS

O pediatra enfatiza que a volta é muito importante para as crianças, mas vários fatores devem ser levados em consideração. “O convívio escolar é extremamente importante para as crianças. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a volta às aulas. O aumento de surtos de ansiedade e depressão graves em crianças por falta desse convívio é grande. Isso pode acabar gerando sequelas psicológicas sérias. Mas em contrapartida, as escolas precisam oferecer segurança para essas crianças, e para que isso aconteça, algumas exigências estruturais, higiênicas, sanitárias e comportamentais precisam ser planejadas e implantadas nas escolas”. O médico Jhony Aredes enfatiza que as crianças precisam de brincadeiras ao ar livre, mas alerta aos pais para evitarem parquinhos ou praças, onde as crianças dividem os mesmos brinquedos.

GESTANTES

Muitas mães ficam preocupadas em testar positivo para Covid-19 durante a gestação e afetar o bebê. Dr. Jhony, explica que pode acontecer, mais são raros casos. “São raros os casos de gestantes que transmitiram o vírus para o bebê. O que pode acontecer com mais frequência, é o bebê contrair o vírus após o parto. Por isso é muito importante que todo cuidado seja tomado após o parto e quando o bebê for tomar as primeiras vacinas, seja no hospital ou no posto de saúde. O ideal é que alguém entre, explique que está com um bebê recém-nascido aguardando para tomar a vacina e quando adentrar no local com o bebê,  que ele esteja no bebê conforto com alguma fralda ou manta envolta e só tire quando ele for receber a vacina. Ao sair, o mesmo procedimento, claro, sem esquecer da máscara do álcool. Ao chegar em casa higienizar o bebê conforto, trocas a manta ou fralda.”

LACTANTES

“Se a mulher estiver amamentando e contrair o vírus, o ideal é que ela inicie o tratamento de imediato, use máscara e evite passar as mãos no rosto do bebê. Durante a amamentação, a mãe estará passando anticorpos para o bebê, então até agora não temos nenhuma contraindicação do aleitamento materno nesses casos”.

O Dr. Jhony Aredes atende na Mega Imagem que fica na rua Carlos Stahl, 4963 – Jardim Eldorado, o telefone para contato é (69) 9 9229-9794.