Cirurgião Pediátrico


Cirurgião Pediátrico

O Cirurgião Pediátrico é um cirurgião treinado e habilitado para lidar com as doenças congênitas, que são aquelas que ocorrem durante a formação do bebê, podendo ocorrer durante toda a formação do embrião. Como a grande maioria das patologias, sempre que diagnosticadas e tratadas precocemente o resultado é positivo e as consequências podem ser minimizadas ou até mesmo evitadas.

Dentre as inúmeras doenças congênitas, a criptorquidia se caracteriza pela ausência de testículo na bolsa testicular (saquinho), sendo mais frequente do lado direito porém podendo ocorrer dos dois lados. Sua incidência é cerca de 3% das meninos que nascem a termo (entre 38 e 42 semanas ) e 21% nos meninos pré termo (nascidos antes de 38 semanas), portanto é uma doença com uma prevalência importante nas crianças do sexo masculino.

O testículo é formado abaixo do rim (dentro do abdome) por volta da 7ª semana após a fecundação; durante o desenvolvimento fetal ele migra para a bolsa estimulado por diversos fatores e por volta da 34ª semana já está fixado na sua posição final, dentro da bolsa testicular. Os testículos devem ficar na bolsa porque a temperatura desta é mais baixa que a temperatura corporal, o que permite o desenvolvimento normal das células testiculares. A criptorquidia ocorre quando por qualquer motivo ocorre a interrupção da descida testicular, ficando este estacionado no canal inguinal (virilha) ou ainda dentro do abdome.

Normalmente os pais percebem que o “saquinho” está vazio durante o banho, e o médico faz esta confirmação durante o exame clínico, observando a bolsa testicular vazia, em geral atrofiada e palpando o testículo fora do seu habitat. Em geral não são necessários exames complementares, como o Ultra-som, para o diagnóstico.

Quando diagnosticada, a criptorquidia tem indicação cirúrgica a partir dos seis meses de idade (idade ideal para cirurgia: 6-12 meses), porque a partir de um ano o fato de não estar em local apropriado pode ser nocivo ao desenvolvimento dos mesmos, podendo gerar infertilidade ou predispor a neoplasia testicular no futuro.

A cirurgia tem duas abordagens diferentes:

a) Quando o cirurgião consegue palpar o testículo, a cirurgia é feita por uma incisão de aproximadamente 3 cm na região inguinal (cirurgia aberta) e o testículo fixado na bolsa testicular por uma segunda incisão no escroto.

b) Quando o testículo não é palpado, o mesmo pode não existir, ser muito pequeno ou estar na cavidade abdominal, então nesse caso a melhor opção é uma videolaparoscopia (colocação de uma câmera no abdome) para localizar o testículo e definir o diagnóstico, e se ele estiver intra-abdominal, a sua colocação na bolsa pode ser feita também por videolaparoscopia.

Existem duas situações que podem ser confundidas com a criptorquidia, uma delas é o testículo retrátil, em que o testículo fica fora da bolsa temporariamente porém no exame físico o cirurgião consegue colocá-lo na sua posição habitual, neste caso não há indicação cirúrgica - exceto em situações muito específicas; a outra situação é o testículo ectópico onde o mesmo fica fora da região inguinal, por exemplo localizado na coxa ou na lateral do quadril; neste caso o tratamento é semelhante ao da criptorquidia: cirurgia aberta.

Bom como toda doença que tem indicação cirúrgica o ideal é nao protelar a abordagem, pois os resultados tem melhorado muito depois que os pacientes começaram a ser operados entre seis meses e um ano (sucesso em torno de 95%); sabe-se que nessa fase a liberação do testiculo é mais fácil e o lactente apresenta pronta recuperação pós-operatória.

Em caso de dúvidas procure um cirurgião pediátrico, a CIRPED Kids possui cirurgiões com larga experiencia no assunto e habilitados para oferecer o melhor tratamento adequado ao seu filho.