Ciúmes - Amor ou doença?

O que é? Como lidar com ele?

Ciúmes - Amor ou doença?

Ciúme

 

Ciúme, também conhecido como síndrome de Otelo, é um estado emocional que envolve receio de que o ente amado dedique seu afeto a outro, é uma emoção derivada da insegurança e do medo de perder, tem apenas uma função: Afastar!

"Quem ama sente ciúme!" Mentira!!! Quem ama tem 1000 formas diferentes de demostrar amor sem ser atraves do ciúme.

Quando sentimos ciúmes ficamos desconfiados, desconectados, nos afastamos primeiro de nós mesmos, pois esquecemos o nosso valor, nossas características boas e pontos positivos, quando nos afastamos de nós mesmos através da sensação de sermos pouco, insuficiente para o outro, como consequência o outro também se afasta de nós.

Uma pessoa com ciúme obsessivo pode apresentar: pensamentos de traição e abandono, busca por evidencias que indiquem uma traição, medo excessivo de perder a pessoa amada causando mal-estar físico, analisa constantemente as atitudes e quer saber os pensamento da pessoa, viola  privacidade, quer ter controle sobre o dia a dia, regula as relações sociais e profissionais do outro, criações de ideias imaginarias que levam a conclusões sem sentido, sentimentos de inferioridade, tristeza e solidão quando não está na presença do outro. Insônia, agitação, ansiedade e depressão também podem aparecer como sintomas do ciúme.

Enfim, o ciumento carrega um grande sofrimento.

Varias podem ser as causas desse sofrimento, mas a sua estrutura geralmente se resume em insegurança, falta de autoconfiança e baixa autoestima.

Essas inseguranças podem ter origens em relacionamentos amorosos com episódios de humilhação e trauma ou ter início na infância, onde a criança pode ter sentido abandono, então, quando adulto, a pessoa exprime sua necessidade de carinho de forma inassertiva para seu parceiro ou amigos.

Segundo o Manual de Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-VI o ciúme obsessivo é um transtorno Delirante Paranoico centrado na obviedade sem motivo evidente ou justo de que está sendo traído ou enganado pelo parceiro.

O ciúme obsessivo tem tratamento e formas para administrar e reduzir os sintomas. Uma ferramenta eficaz para o individuo ou casal que sofre com esse transtorno é a psicoterapia.

Com o auxilio de um profissional é possível identificar o que esta por trás desse sentimento e desenvolver habilidades para lidar e superar ele. Trabalhando com o estimulo da Inteligência Emocional, a elevação da autoestima e autoconfiança. Abordar temas como estes é essencial para qualidade de vida conjugal e também a vida individual, uma vez que precisamos estar bem conosco para estarmos bem com o outro.

Uma dica que pode auxiliar no primeiro momento é conversar sobre o que esta sentindo, confessar o sentimento de ciúme contribui para a aproximação do casal através da empatia.

Questionar os pensamentos “isso que eu estou pensando é realmente verdade?” também podem contribuir para observação e autoanalise, verificando a presença dos sintomas.

Porém o mais indicado é buscar recursos para se conhecer, descobrir as capacidades que você disponibiliza e aprender estratégias para lidar com esse Transtorno, permitindo assim, relações saudáveis para sua vida!

Para finalizar, um texto de Jeff Foster que pode ser utilizado como um mantra para quem esta sofrendo com o ciúme possessivo, refletir, ler ara si mesmo e integrar pouco a pouco no seu dia a dia:

O sentimento mais brutalmente honesto, amoroso e libertador: “Eu amo você, respeito você, adoro estar com você, passar um tempo com você, mas não sou dependente de você. Eu sou feliz com você, mas também sou feliz sem você. Não preciso que você fique satisfeito. Você não é mais responsável por minha felicidade. Você não foi e jamais será culpado por minha infelicidade. Eu o liberto do fardo insuportável de ter que cumprir minhas expectativas, de ter que mudar para se ajustar as minhas infinitas necessidades, de ter que ser quem me completa. Eu já sou completo. Eu já me amo, eu já te amo. Eu te amo e te respeito do jeito que você é!

Fonte: Debora Clais