Está ainda em fase de estudos uma técnica de terapia genética, também conhecida por terapia gênica, que promete a cura de dois tipos de câncer: o linfoma e a leucemia linfoide aguda.
Esta técnica foi aplicada pela primeira vez em 2012, nos Estados Unidos, e foi usada mais recentemente em Outubro de 2019, em um paciente com linfoma não Hodgkin de alto risco, em fase terminal, tendo tido ótimos resultados.
A terapia genética para a cura destes tipos de câncer vai ser experimentada em mais pacientes, para testar questões de eficácia e segurança, para depois poder ser aprovado pela Anvisa e incorporado no SUS.
A técnica de terapia genética utilizada para tratar o linfoma foi a técnica designada por Car T-Cell, que consiste na recolha de células T do paciente, um tipo de glóbulos brancos responsáveis por defender o organismo, que são alteradas geneticamente para reconhecer especificamente as células com câncer. Estas células modificadas geneticamente, são multiplicadas em laboratório e são depois reinseridas no organismo do paciente.
Depois, já dentro do organismo, estas células reconhecem e ligam-se às células cancerosas, destruindo-as. Durante o processo, a pessoa tem que ficar isolada num lugar específico, no hospital, de forma a ficar protegida de qualquer infecção, isto porque a imunidade fica comprometida.
Os resultados deste método devem ser avaliados cerca de 3 meses após a aplicação e, para ser considerada curada, a pessoa não deve apresentar células cancerosas por 5 anos.
Embora esta técnica já seja usada nos Estados Unidos, prevê-se que, no Brasil, sejam necessários cerca de dois anos de estudos com um maior número de pacientes, que permitam testar a eficácia e segurança do tratamento, para então ser avaliado pela Anvisa e poder ser liberado no país.
Porém, por uma questão de orçamento, não se sabe se este tratamento estará disponível no SUS, de forma a ser acessível a todos os pacientes.
Fonte: Tua Saúde