Foi-me proposto pelo meu amado leitor em construção a confecção de uma crônica sobre um trecho do livro que está lendo. João é um garoto esperto, sempre fora leitor, seus pais o estimularam desde os primeiros dias de vida...
Nessa fase está lendo a coleção Diário de um Banana, consta de dez volumes escritos por Alexandre Boide nos primeiros anos deste século, li logo no lançamento, a pelo menos duas décadas.
Narra as aventuras e desventuras de Jeff Kinney, personagem principal, que deveria ter na ocasião a mesma idade que João tem hoje. Não carece dizer que João está amando a leitura, só pudera, é de fato engraçada, alegre e dá ao leitor momentos de prazer, descontração e oportunidade para viajar nas narrativas de Alexandre Boide.
O trecho específico indicado para tal crônica, trata-se da foto de uma caixa confeccionada pela personagem Jeff Kinney, com a inscrição “Só abrir quando for possível viajar no tempo”...
É claro que tendo lido tal obra a mais ou menos vinte anos atrás, não me lembro se a narrativa revela o que Jeff colocou na caixa, tão pouco se isso é revelado, contudo, fico a imaginar o que o João colocaria numa caixa com esse propósito, logo ele que é especialista em viajar no tempo...
João fez uma longa e duradoura viagem, para o tempo dos Dinossauros, lá ficou vários anos, conhecia, conhece, e dava aulas sobre tais animais, falava com doçura sobre os herbívoros, com admiração pelos carnívoros e respeito pelo temívelTiranossauro Rex, tudo em sua casa tinha dinossauro, suas roupas, calçados, tudo mesmo, era dinossauro de plástico, de pelúcia, de madeira pra todo lado...
Em seguida, foi apresentado à série Dragões, viveu várias aventuras com Soluço e Banguela, pronto, a casa mudou de decoração e era dragão de todos os tipos e materiais por todos os lados...
Mais tarde conheceu os Irmãos Kratts, e aprendeu e ensinou sobre vários animais, viajou o mundo inteiro atrás de animais em extinção, raros ou exóticos...
Logo, vieram os Pokemons, apaixonou-se, embarcou em nova viagem, quis se formar geneticista para usar DNA’s de animais contemporâneos e dar vidas aos Pokemons... com os DNA’s do poraquê e de um colelho, faria um Pikachu? Me perguntava sempre...
Tudo isso mediado pelas histórias dos muitos livros infantis que lhes eram oferecidos, era sempre um dia especial o recebimento mensal do Kit leiturinha...
João! Pode abrir a caixa do Jeff, já é possível viajar no tempo, e você é o mais experiente turista dessa época. Em tempo, penso que a sua caixa esteja cheia de memórias e aventuras das tantas viagens que já fizera no tempo...
Estou aqui, sempre estarei, para segurar a sua mão e viajar contigo, pra onde o tempo nos levar e sua curiosidade nos motivar, com amor e admiração.
Fonte: Adair Aquino