Vacinação do Adolescente


Vacinação do Adolescente

As mudanças que ocorrem nesta fase se centram, sobretudo, na conscientização e expressão da sexualidade e da individualidade. Há necessidade de orientação médica em relação a saúde reprodutiva e doenças imunopreveníveis.

Na infância as crianças são vistas periodicamente pelos Pediatras, mas apesar dos riscos de algumas patologias na adolescência, eles consultam menos os médicos que outros grupos etários.

É fundamental manter cuidados básicos de saúde e imunização adequada para evitar problemas futuros. Campanhas nacionais de imunização são necessárias para atualizar o calendário dos adolescentes.

O intuito das campanhas é colocar as cadernetas de vacinação em dia. A adolescência é uma fase de amadurecimento: um período de transição no desenvolvimento físico e psicológico em que o ser humano deixa de ser criança e entra na fase adulta, vai dos 10 aos 19 anos.

As principais vacinas desta fase são:

1. Tríplice viral ( VTV, MMR )-protege contra rubéola, caxumba e sarampo. São necessárias duas doses a partir de 1 ano de idade com intervalo de 30 dias entre elas. Até 12 anos de idade pode ser usada a Tetraviral que também protege contra a varicela para o grupo vulnerável.

2. Hepatites A, B e A + B- são importantes para quem não foi vacinado na infância. Hepatite A – duas doses com intervalo de 6 meses. Hepatite B - três doses no esquema 0, 1 e 6 meses. Hepatite A+B - abaixo de 16 anos são duas doses no esquema 0 e 6 meses. • acima de 16 anos são três doses no esquema 0, 1 e 6 meses.

3. HPV ( PAPILOMA VÍRUS HUMANO ) – sua eficácia está comprovada na redução do câncer de colo de útero, pênis, anal e orofaringe. O Estudo POP/Brasil/ Estudo Epidemiológico sobre prevalência nacional da infecção por HPV, abrangeu 26 capitais brasileiras tendo como alvo a população de 16 a 25 anos, mostrou prevalência de 54,6% de HPV neste grupo sendo 38,4% considerados de alto risco. A vacina quadrivalente ( VLPS tipos 6, 11, 16 e 18 ) é aplicada no esquema de três doses no esquema 0, 1 a 2 e 6 meses. O PNI ( Programa Nacional de Imunizações ) adotou o esquema de duas doses no esquema 0 e 6 meses. Disponibiliza para meninas de 9 a 14 anos e meninos dos 11 aos 14 anos.

4. Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto ( dTpa : difteria, tétano e coqueluche ) ou dTpa-IPV associada à poliomielite. Esta vacina é importante para proteção individual e para a redução da transmissão da bactéria Bordetella pertussis para suscetíveis de alto risco como os lactentes. Quem tem esquema completo na infância faz um reforço da dTpa com 11 anos de idade. Quando o esquema é incompleto é feito uma dose de dTpa com 1 o u 2 doses de dT para totalizar 3 doses contra o tétano.

5. Varicela ( catapora ) – a varicela é uma patologia aparentemente benigna mas que evolui com quadro clínico mais severo em adolescentes e adultos. As complicações mais temíveis são pneumonia, artrite, encefalite, pericardite, hepatite e evolução para sepsis. Em grávidas pode ocorrer a síndrome da varicela congênita. Os adolescentes que não tiveram varicela e não foram vacinados devem receber duas doses da vacina. Para menores de 13 anos o intervalo é de três meses e a partir desta idade é de um a dois meses.

6. Vacina da meningite meningocócica conjugada ACW135Y A meningite causada pelo meningococo tem um pico de incidência em lactentes e também na adolescência. A prevalência de cada tipo depende da estação do ano, da localidade, da faixa etária e outras variáveis. Para os não vacinados na infância são aplicadas duas doses da vacina ACWY com intervalo de 5 anos. Para os vacinados é necessário um reforço aos 11 anos de idade ou após 5 anos da última dose. O PNI disponibiliza a vacina meningocócica tipo C aos adolescentes entre 11 a 13 anos de idade.

7. Vacina da meningite meningocócica tipo B recombinante. São aplicadas duas doses com intervalo de um a dois meses entre elas.

8. Febre amarela – para os não vacinados anteriormente, uma dose para residentes ou viajantes para áreas de risco. Pode também ser recomendada para atender a exigências sanitárias de algumas viagens internacionais. É importante vacinar até 10 dias antes da viagem.